domingo, 19 de abril de 2009

ZH Moinhos


LEITOR REPÓRTER
Para a Independência reviver
Moradores da avenida e das ruas Garibaldi e Santo Antônio se unem para pedir mais segurança, iluminação e melhorias no trânsito

- Texto enviado por Marilia Cardoso, moradora da Rua Garibaldi .

“A Avenida Independência foi um caminho que surgiu espontaneamente, como uma das saídas da vila de Porto Alegre para a Aldeia dos Anjos (atual cidade de Gravataí). O bairro Independência se caracteriza por construções arquitetônicas invejáveis.Igreja Nossa Senhora da Conceição, Beneficência Portuguesa, Colégio Rosário, Casa Torelly, Casa Godoy, Palacete Argentina, Restaurante Chez Phillipe, tudo isso convivendo muito bem com a modernidade. Harmoniosamente, podemos conviver, mas se descaracterizarem a Avenida Independência, ela expulsará seus antigos moradores e se tornará só um corredor para os bairros novos.Foi assim, ouvindo antigos moradores saudosos, que contam as aventuras da Avenida Independência, lendo Camilo Mortágua (de Josué Guimarães), querendo descobrir entre os casarios a casa que ele narra e comovendo-nos com as senhoras que, com suas bengalas, choram ao passar em frente dos casarios, que resolvemos lutar pela preservação da Independência.O Movimento Reviver Independência tem por objetivo preservar o bairro, visando a valorizá-lo no que ele tem de melhor, para que sua história não seja esquecida. Temos de florir o bairro e as calçadas para que todos, principalmente os idosos, possam passear. Precisamos preservar os casarios, esses casarios antigos que contam a história e não podem ser simplesmente demolidos, nem entregues a especuladores que nada têm a ver com essa história.Pessoas desrespeitam o bairro e se aproveitam da fragilidade dos moradores, em assaltos em pleno dia e não permitem, por tumultos, gritarias e vandalismo, o sossego à noite. Os melhores comerciantes já estão se afastando, deixando lojas fechadas. Perigo para o bairro, pois é mais um ponto visado por exploradores.Mendigos se alojam embaixo de nossas marquises. Ficamos com pena e nada fazemos. Então, vêm mais outros e, com eles, as bebedeiras, as badernas, as necessidades fisiológicas em nossas portas. E como podem funcionar lojas, comércio e hospital com o mau cheiro constante, obrigando-nos, todas as manhãs, a lavar e desinfetar a rua?Aguardamos com ansiedade nossos filhos, que chegam da escola à noite. As pessoas que voltam das missas das 18h já têm medo de frequentá-las. Se sairmos para trabalhar, temos medo ao sair e ao voltar. Afinal, quem são eles, que nos impõem tanto medo? Quem somos nós, que pagamos Imposto de Renda, imposto da prefeitura, luz da rua, condomínio, porteiro, vigilantes etc.Será que estamos pedindo muito? Não! Só estamos pedindo segurança! Se nos derem segurança, podem ter certeza que a comunidade trabalhará para que a Independência, novamente, possa sorrir!”

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