quarta-feira, 29 de julho de 2009

O PALACETE ARGENTINA



O PALACETE ARGENTINA,

sede da 12ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan

O Palacete Argentina foi erguido em 1901, com projeto de Theóphilo Borges de Barros. O palacete caracteriza-se por ser um sofisticado sobrado urbano, representativo da arquitetura eclética que se desenvolveu em Porto Alegre na virada do século XX. Integra um conjunto de edificações que existiam ao longo da Avenida Independência, no bairro de mesmo nome, em Porto Alegre, das quais ainda restam poucos exemplares. Ele possui uma área de 756 metros quadrados em um terreno com 934 metros quadrados. Com um pavimento principal e porão alto, o acesso é feito por uma escadaria lateral. Originalmente, possuía paredes pintadas com motivos geométricos e motivos florais, executados com cores fortes e barras decorativas junto ao forro, com destaque para os vitrais art nouveau, art déco e elementos trabalhados em madeira. Pouco depois, de concluído o trabalho a casa foi vendida para Franklin Etzenberger.
Em 1928, o prédio passou por uma reforma significativa na qual mais duas salas foram acrescentadas: uma sala de chá e um jardim de inverno, bem como dependências de serviço no pavimento inferior. As paredes suprimidas deram lugar a arcos sustentados por colunas salomônicas. Alguns anos depois, o casal Etzenberger cedeu a casa a sua filha Manoelita Lilia Etzenberger que casou com Alceu Otacílio Barbedo.
Em 1939, o imóvel foi doado aos filhos do casal Barbedo: Roberto e Sandra Beatriz. No ano seguinte, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul alugou o prédio e instalou o Grupo Escolar Argentina. Em 1968, o casarão foi declarado de utilidade pública e, em 1971, foi desapropriado pelo Estado.
O prédio foi utilizado como escola até 1978 e foi cedido, em 1984, em regime de comodato, ao Iphan. Em 14 de março de 1990, o imóvel foi inscrito no Livro Tombo de Belas Artes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Tombamento

Tombamento

Alguns casarios que representam a Avenida Independencia são tombados. Se este trabalho de tombamento fosse feito em tempo, hoje poderiamos mostrar e contar a história da Porto Alegre, num passeio pela Avenida Independencia . Cada casario e as faqmílias que representam a história de Porto Alegre. Cidades foram destruidas por guerras e/ou por invasões mas o mais triste é dizer que muito da Avenida Independencia e de nossa própria História foi destruido pela ignorancia e pela mão do seu próprio povo.

Tombar

Tombar algo é registar para proteger, para preservar algo de interesse do estado e da sociedade, é o primeiro passo para a preservação de bens históricos. Um patrimônio tombado não poder ser destuído ou descaracterizado. A Constituição Brasileira determina a proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, através do Decreto-Lei nº 25 de 1937. Podem ser tombados bens móveis e imóveis que sejam de interesse da sociedade. É importante ressaltar que um bem tombado não significa um bem desapropriado, ou seja, quando é tombado um bem, o seu dono não perde a propriedade do mesmo. Desde que seja preservado, um bem tombado pode ser vendido ou alugado.
O primeiro responsável pela conservação de um bem material do patrimônio cultural público é o seu proprietário. O proprietário que demolir ou descaracterizar um bem tombado sofre as seguintes punições:
1. Destruição, demolição ou mutilação do bem tombado: multa no valor correspondente a no mínimo 1 (uma) e no máximo 10 (dez) vezes o respectivo valor venal;
2. Reforma, reparação, pintura, restauração ou alteração, por qualque forma, sem prévia autorização: multa no valor correspondente a no mínimo 10 (dez) e no máximo 100% do valor venal;
3. Não observância de normas estabelecidas para os bens da área de entorno: multa no valor correspondente a no mínimo 10 (dez) e no máximo 50% do valor venal;
4. Além destas sanções, o proprietário também fica obrigado a reconstruir ou restaurar o bem tombado às suas custas e de conformidade com as diretrizes traçadas pelo DPH. Haverá ainda uma multa de 1% do valor venal, por dia, até o início da reconstrução ou restauração do bem imóvel.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Flor de Maio






É bom lembrar uma flor que enfeita nosso inverno:



Flor de maio



Flor de maio, flor da paixão,
Duas flores juntas, que assim resolveram nascer.
Vivem lado a lado sem que suas belezas
possam ver
e novamente juntas optaram por morrer


Flor de maio que em junho vem florescer,
Coloca em sua cores a explosão,
Olham o sol durante todo o dia ,pois sabem que
Um só dia é importante para viver


Não permitem que o beija- flor, beije só uma
Pois o néctar nas duas estão
E quando ele beija uma flor
As duas se beijarão

Não enfeitam, não perfumam
Sua missão é maior.
Mostrar que o amor
Não depende do tempo, mas de quem na verdade se amou

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Casa Firmino Torelly

Casa Firmino Torelli

A Casa Firmino Torelli é um belo edifício em estilo renascentista localizado na Avenida da Independência, atualmente é a sede da Secretaria Municipal da Cultura da Cidade. Foi declarado Patrimônio Histórico no ano de 1987.

Firmino Torelly adquiriu a casa da Avenida Independência em 1908. Estava situada em um dos pontos mais requintados da cidade, procurado pelas famílias da burguesia industrial e comercial da época. O imóvel foi tombado em 1987 pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre como Patrimônio Histórico e Cultural. O projeto de restauração da Casa Firmino Torelly ficou sob responsabilidade da Equipe de Patrimônio Histórico e Cultural (Epahc) da Secretaria Municipal da Cultura (SMC). Completamente restaurada, passou a abrigar, a partir de 17 de agosto de 1993, parte da área administrativa da SMC. A Casa Firmino Torelly está localizada na Avenida Independência, 453.




Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (1895–1971)

Nesta casario viveu

Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (1895–1971)

Este grande humorista gaúcho nasceu no dia 29 de janeiro, no interior de uma diligência que transportava seus pais do Uruguai, para a cidade de Rio Grande. Órfão, ainda criança, Aparício veio morar em Porto Alegre com o tio e padrinho Firmino Torelly. Concluiu seu ensino secundário no internato Cristo Rei, dos padres jesuítas. Após estudar medicina por alguns anos, sua vocação pelo jornalismo o levou para o Rio de Janeiro, em 1925.

A convite de Irineu Marinho trabalhou como articulista do jornal O Globo. Também escreveu para o jornal A Manhã e, em 1926, deixou o emprego para editar seu tablóide intitulado A Manha.

Aparício Torelly tornou-se conhecido nacionalmente como Aporelly e mais tarde como o Barão de Itararé. O título de nobreza partiu de um arroubo do próprio jornalista, que se autoproclamou Duque de Itararé. Alegando questões de modéstia o mesmo rebaixou-se para o posto de Barão, algumas semanas após.

A Volta

Oi Amigos da Independência,

depois de um período de férias, em que viajei por outros"pagos", volto mais disposta a lutar para que a Independência tenha seu lugar de destaque em Porto Alegre.
Sabemos que todas as capitais que hoje visitamos e nos causam inveja, por sua beleza e organização, começaram também pequenas e hoje causam espanto ao mundo...Quem sabe Porto Alegre, na copa de 2014, possa mostrar que tem um pólo cultural também bonito, limpo e que passeando pela Independência entendamos o valor do povo gaúcho.
Abraço a todos
Marília